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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Página 8

Querido Diário,

Hoje eu meio que decidi o que quero ser. Fiz algumas promessas - sim, aquelas promessas - e decidi que irei cumpri-las. Virei vegetariana. Bom, isso até que é um grande passo de minha parte, pensar em todos aqueles animais serem apenas um tipo de coisa que terá o fim dentro da barriga de alguém ou dentro de alguma privada.
Não acho justo. Nascer com um propósito, é quase como aquela lei que protege o direito de viver das crianças. Aqui no Brasil, por exemplo, o aborto é proibido. Isso me lembra o filme "Guardiã da minha irmã" ou mais conhecido como "Prova de Amor", aonde os pais de uma menina descobrem que a filha tem câncer e precisa de um transplante, mas ninguém é compatível, ai então tem a brilhante idéia de terem outro filho, aonde seria geneticamente mudado para poder doar seus órgãos à irmã. A garotinha que serviria como doadora cresceu, porem o câncer da irmã foi ficando cada vez mais grave. A doadora se sentiu mal, queria poder viver com seus dois rins dentro do seu corpo. Foi comovente ver uma garotinha de dez anos num tribunal lutando contra a mãe para ficar com seus órgãos . No final a garota que tem câncer se apaixona, porém o garoto também tinha câncer, ele morre, ela morre logo após.
Sei que estou dramática demais, mas, acho que todos tem seu lugar no mundo, até mesmo as galinhas, os porcos e as vacas, não é?
Minha mãe não está me levando a sério, é exatamente isso que eu odeio, as pessoas nunca te apoiam e mentem para te fazer mudar de idéia. Lamento te informar mãe, mas eu não mudo de opinião até que me sinta satisfeita. Quer continuar comendo uma galinha? Continue, eu prefiro mil vezes ficar amiga das plantas e pedir desculpas antes de colher alguma laranja de uma árvore frutífera, pelo menos vou estar tirando um peso de seus galhos, não vou estar comendo um animal que foi morto.
Ela não sabe o quão sério estou falando, tudo bem que poderia estar lá fora plantando alface, mas mesmo assim, EU NÃO VOU COMER ANIMAL MORTO COZINHO COM MOLHO.
Desculpe (:
Ontem eu fiquei sem internet por causa do meu irmão, eu fiquei escrevendo meu livro, na verdade eu estou escrevendo dois, e eu escrevi no mais antigo, tem 42 páginas... Sinto-me bem. Tem mais de mim naquela história do que pretendia. Bom, comigo é meio que tem uma regra: tudo que eu escrevo é sobre mim.
Não consigo parar com isso, sei que a impessoalidade nos contos literários é o que faz a história boa, mas tenho medo de me expor demais... Tenho saudade da escola, tenho um monte de novas palavras para pedir explicação para minha professora de Português.
Além de conversar com o Bruno, O Sincero... Sei lá, eu sempre o chamo de gay quando eu sei que não é... Como sempre, os meus momentos de #aloka nunca são bons para minha integridade.
Integridade? Ai meu Deus, eu tenho tanta coisa para resolver. Para aonde vou ir, que escola vou tentar passar, que curso fazer, que promessa cumprir primeiro...
Essa noite não vou conseguir dormir, estou até vendo.

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