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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

É preciso amar como se não houvesse amanhã...

Segurando Zizi em minhas mãos, a reluzente cachorrinha vira lata que achei perto do ponto de ônibus ao lado da escola. Ela tinha o pelo branquinho, enroladinho, orelhas meio grandes, focinho pequeno, porte pequeno. Ela era minha desde meus quinze anos, hoje tenho 16. Fazia uma tarde bonita lá fora, eu ainda esperava ver aquele par de olhos negros como a noite passando na rua, talvez o sorriso sacana, o andar estabanado e a voz de bad boy. Meninas são tão bobas. Eu mesma me considero uma bobona de primeira, poderia-se dizer que a Senhorita Bobona vai se casar com o Sr. Bobão, eles vão ter filhinhos bobinhos, vão morar na Bobolândia e viveriam bobocas para sempre. Se me entende, só esse pensamento já é idiota.
Suspirei aliviada por finalmente a internet cooperar comigo e entrar logo no MSN.
Passei os olhos pela lista de pessoas online e logo notei que o nome que eu esperava encontrar com o bonequinho verde ao lado, bem, estava cinza. Sai de lá antes que começasse a mandar coisas comprometedoras para a sua caixa de mensagens. Joguei-me na cama sem entender mais nada do que se passava pela minha cabeça. É meio confuso gostar de alguém que mal troquei meia dúzia de palavras. Na verdade eu só sabia que estava sentindo alguma coisa, eu só sinto, mas não sei escolher as palavras certas para definir.
Assim que senti a preguiça me dominar, escutei meu celular tocar, olhei preguiçosa para a tela. Hmmmm, mensagem de destinatário desconhecido. Abri e li a mensagem duas vezes antes de pular para fora da cama e ir olhar a janela. A abri, olhei lá fora e senti um sorriso dominar meu rosto.
- E ai, quer descer aqui e continuar aquela conversa sobre boliche, coca-cola e sobre como a matemática é chata? - perguntou com uma voz divertida.
Coloquei uma mexa do cabelo atrás da orelha e disse: - Aguenta ai que eu já tô descendo.
Peguei meu chinelo rapidamente e desci as escadas correndo, passei feio um furação pela sala e logo estava sendo abraçada.
Era bom sentir a quentura do seu corpo, era bom poder respirar o mesmo ar e até mesmo sorrir pelas mesmas coisas. Era bom amar.

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