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sábado, 6 de novembro de 2010

Pontinho, pontinho, pontinho



Era o fim de mais um ano, mas não era SÓ mais um ano, está bem, está tudo muito confuso, vamos começar pelo começo...
Meu nome é... Bem, isso não importa, no final você pode cruzar comigo na rua e nem saber o meu nome, e muito menos lembrar de que eu era aquela garotinha que brincava de bonecas, tinha uma bicicleta rosa de rodinhas, ou talvez a que já fumou um baseado atrás do prédio da escola na oitava série, ou aquela que já amou tanto uma pessoa que até já desperdiçou a preciosa água de seu corpo em vão. Mas, o que mais me surpreende é que eu estou aqui, a final. E mesmo depois de tanta coisa eu ainda consigo andar, passar ao seu lado na rua, sofrer igual a uma condenada em época de provas, e ainda por cima cozinhar para deus e o mundo.
Aonde está o começo tão prometido, afinal? Procure no céu a estrela mais brilhante de todo o mundo, é ela quem nos aquece. Mesmo ao anoitecer, ela continua lá, além de milhas e milhas de terras e mares que até hoje são desconhecidos pelo todo poderoso homem, está bem, pelo todo poderoso humano. Melhorou, não?
O Sol.
Depois de tanto tempo ainda há tanta gente que reclama do Sol, que ele queima, que isso, que aquilo, por Deus! Sem ele nós não existiríamos! É tão difícil de entender? Melhor do que dizer, é desenhar, ou então... tocar. O Sol toca meu rosto todas as manhãs, eu me levanto, sento no piano e toco sempre as mesmas cifras, com a mesma paixão que o Sol me toca.
Esperança.
Uma ligação, e-mail, tanto faz, sempre haverá outra chance. É sempre assim, tudo sempre recomeça, e de novo, e de novo. Não há um começo, entendem? Do mesmo modo que se termina com pontinho, pontinho, pontinho, se começa com o mesmo. Nunca há um fim...


E isso não é um motivo para parar de tocar...


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